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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Apenas 6% têm graduação

Edição de 20/12/2012
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Pesquisa do ibge revela que quase 60% dos paraenses acima de 25 anos não concluíram o ensino fundamental
BRASÍLIA, DF
Da Sucursal
Mais da metade (56,4%) da população paraense de 25 anos ou mais não concluiu o ensino fundamental, enquanto apenas 6,2% tinham curso superior de graduação completo. O dado integra a pesquisa "Educação e deslocamento" desenvolvida com base no censo demográfico de 2010, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São mais de dois milhões de habitantes do Estado com baixa instrução e somente 228 mil com nível superior, do universo de 3,6 milhões de pessoas nesse grupo analisado.
É a sexta maior distorção no nível da educação entre as populações de todos os Estados brasileiros. Em todo o País, o índice apontado foi de 49,3% e 11,3%, respectivamente. No cenário nacional, o Piauí tem o maior percentual de maiores de 25 anos com pouca ou nenhuma instrução (64,8%) e o Maranhão a menor taxa de população com nível superior (5,43%). Nessas duas comparações, o Pará aparece na décima posição no primeiro caso e no segundo lugar no outro. Apesar de figurar no rol das populações menos instruídas do Brasil, o Estado apresentou uma considerável evolução nessas taxas de educação na última década.
No censo demográfico de 2000, o Estado aparecia com 69% da sua população adulta sem instrução ou com o fundamental incompleto, enquanto o número de pessoas sem formação superior era de 3,2%. Nesses dez anos, os avanços foram de 22% e 93,7%, simultaneamente. Pelos dados do IBGE, a segunda maior parcela da população do Estado (22,3%), com idade acima dos 25 anos, possui o ensino médio completo e superior incompleto, e outra parcela de 14,8% tem o fundamental completo e médio incompleto.
Entre as regiões, o percentual referente à parcela da população sem instrução ou com o fundamental incompleto, foi maior nas regiões Nordeste (59%) e Norte (53,6%). Nas demais regiões os índices foram: Sul (48%), Centro-Oeste (46,8%) e Sudeste (43,7%). Os maiores índices de pessoas com ensino superior completo aparecem na região Sudeste (13,7%), seguida por Centro-Oeste (13,2%), Sul (12,1%), Norte (7,6%) e Nordeste (7,1%). Apesar dos índices de pessoas de 25 anos ou mais sem instrução ou com o fundamental incompleto ainda serem muito expressivos, houve queda se comparado os dados de 2000 e 2010 em todo o País. O percentual caiu de 64,0% para 49,3% no total; de 58,8% para 44,2%, na área urbana; e de 90,3% para 79,6%, na área rural. Na população masculina, a queda foi de 64,8% para 50,8%, e na feminina, de 63,4% para 47,8%.
Na faixa etária analisada, mulheres possuem maior escolaridade
Nesta faixa etária, as mulheres apresentam maior nível de escolaridade. O percentual de homens no Pará com 25 anos ou mais, sem instrução ou com o fundamental incompleto foi de 60,4% e o daqueles com pelo menos o superior de graduação completo, 5,1%; enquanto que, na população feminina, esses indicadores foram 52,4% e 7,3%, respectivamente. Na comparação com as médias nacionais, os números do Estado continuam bem inferiores. Entre os homens, essas mesmas proporções foram de 50,8% e 9,9%, já entre as mulheres, foram de 47,8% e 12,5%.
O estudo mostrou ainda que o nível de instrução eleva a renda. No universo de pessoas de 25 anos ou mais de idade sem instrução ou com o fundamental incompleto, a parcela com rendimento domiciliar per capita de mais de cinco salários mínimos foi de 1,1%. Com o aumento do nível de instrução, esse indicador foi crescendo e alcançou 33,9% para as pessoas com pelo menos nível superior de graduação completo.
Pela pesquisa constatou-se ainda que 71,6% das pessoas de 25 anos ou mais de idade sem instrução ou com o fundamental incompleto estavam na classe sem rendimento até um salário mínimo de rendimento nominal mensal domiciliar per capita, enquanto 10,7% das tinham pelo menos o superior de graduação completo estavam nessa classe.
 
Fonte: Amazônia Jornal